Calendar May 16, 2012 18:37

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Esboços de um Eu futuro

Aqui há umas semanas fiz uma "carta ao Eu passado" de que pelos vistos uma boa fatia de leitores gostou - sinceramente nem estava a contar com tanta adesão ao desafio. - E como gostei da interação que se formou, hoje dei por mim a pensar.
Somos educados a sonhar.
Por isso, todos nós traçamos de tempos a tempos um esboço do nosso futuro. 

Imaginamos carreiras, relações, ambientes e experiências que queremos ou pensamos que vamos encontrar ao longo do caminho.
Aquelas pessoas que pensamos que vão continuar lá, e aquelas que não pensamos deixar entrar nas nossas vidas.
Aquilo que "nunca faremos" e aquilo que "não podemos deixar de fazer".
Eu não vou fumar.
Eu não vou trair.
Eu não vou mentir.
Eu não vou acreditar em toda a gente.
Eu não vou ser desconfiado.
Eu não vou ser sarcástico.
Eu vou gostar de iguanas.
Acabamos sempre por quebrar as promessas e fazer alguma, ou várias coisas. E não é necessariamente mau. só mais uma prova de que planificar demasiado as coisas dá sempre para o torto.
Claro, como o nome indica,  não é uma coisa rigorosa, escrita a ferro e fogo,  tanto mais que na maioria dos casos se vai alterando consoante as nossas vivências e ambições do momento.
Eu olho para trás e vejo o meu "esboço de futuro", e não consigo deixar de achar risível fazer a comparação do que me imaginei ser e do que efectivamente sou.
Não por ser terrivelmente pior, mas por conseguir ver que haviam coisas que sonhava que nunca passariam disso mesmo. sonhos.
Deixo a pergunta:
Olhando para trás, 5, 3, 2 anos, vá, estão a viver a vida que imaginavam?
São a pessoa que pensavam vir a ser?
Sonhamos com vidas que não vivemos e pessoas que não somos. com experiências "fantásticas" e cheias de significado,, mas não somos preparados para a mediocridade e futilidade de que podemos vir a sofrer eventualmente.
Olhando em frente, acho que vou ter que escrever uma carta ao meu eu futuro, a pedir-lhe alguns conselhos e a ver se me elucido mais quanto a este esboço de futuro ainda não passa de uma mancha de carvão.

Vá, quero saber de vocês sobre o assunto!

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Calendar May 15, 2012 17:28

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Fiéis de Algibeira

Este post era para ter saído ontem, mas acabei por não ter tempo
Perdoai-me minhas alcachofras.
Este Domingo, vi imensas reportagens nos telejornais sobre um aumento “impressionante” de “devotos” em Fátima por conta da celebração do dia de nossa Senhora de Fátima.
E não me surpreendeu minimamente saber que se venderam mais 6 toneladas de velas do que no ano anterior, ou que a praça encheu para ouvir a missa, porque em tempos de crise como o atual “nascem” devotos mais depressa que cogumelos na mata.


Toda esta fé, vem carregada de segundas, terceiras e quartas intenções, como se quanto mais se mostrarem interessados, mais depressa têm os pedidos atendidos, porque como toda a gente sabe, Deus nosso sinhori está sentado num cadeirão, rodeado dos santos, santas e derivados, a olhar para nós, qual Big Brother Celestial, à espera de escolher quem recebe o milagre da semana.
Decoram a bíblia – a Tora ou o Al Corão, não são esquisitos neste aspeto – e sofrem de acessos de crendice fervorosa e assustadora, que compensa todos os anos de indiferença, e acabam sempre a tentar converter toda a gente em redor, como se fizessem parte do falecido clube do livro, em que quando se convidavam X amigos a aderir, se ganhava uma cafeteira, ou uma máquina de fazer tostas mistas.

Claro que acredito que as pessoas se possam converter, mas não acredito minimamente que a fé venha de um momento de adversidade, já estive nalguns apertos em que acabei a rezar a algo em que não acredito, movido pela ansiedade ou pelo desespero, you name it, mas não senti de qualquer maneira a minha fé aumentar. Ficou exatamente no mesmo sítio paradinha, enquanto esperava por milagres que não vieram – e que honestamente nem acreditava muito que viessem.
E quem lucra com isto são os senhores que vendem velinhas em Fátima, que se estão a cagar para se as promessas são cumpridas ou não, e se há ou não milagres, porque quer aconteçam ou não, já lucraram mais 6 toneladas de velas que os “fiéis de algibeira” compraram.

E vocês?
Já alguma vez num momento de aflição deram por vós a pedir qualquer coisa ao Divino?
Conhecem muitas pessoas  com fé de algibeira?
Já alguma vez alguém vos tentou converter a alguma religião em específico?
Vá, comentar, ler e subscrever!

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Calendar May 13, 2012 08:23

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Perguntas De Fim De Semana LVI

Ora já que hoje é dia de nossa Srª. de Fátima - não que me interesse particularmente - fica a pergunta:
Acreditam em milagres?
Segunda feira eu explico o porquê
Bom fim de semana ;)

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Calendar May 12, 2012 19:35

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Sou uma cebola primadonna com crise de identidade

Sou uma cebola.
As pessoas pensam que eu sou um coco, pouco mais que uma cabeça dura e oca, cheia de ar e piadas.
Outras pensam que eu sou um nabo. Branco, sensaborão, e sem nada de particularmente novo para acrescentar ao paladar mental.
Outras, julgam que sou uma malagueta, sempre de cabeça quente e resposta rápida, capaz de queimar tudo.
Mas não.
Sou uma cebola.
E o grande problema é que ninguém gosta particularmente de cebolas.
Não são frescas como as laranjas, nem doces como os morangos.
Ninguém aguenta comê-las cruas, e ninguém quer passar da primeira camada porque eventualmente fazem alguém chorar.
E ninguém quer chorar.
E é por isso que eu, cebola, sou incompreendido.
Porque compenetrar nas camadas dá trabalho, é muito mais fácil verem me como uma malagueta ou como um coco, tudo frutas mais interessantes que a cebola.
Para quê ir à cebola quando se pode perfeitamente comer uma papaia, um morango ou um abacate que pouco mais têm a oferecer que meia dúzia de dentadas despreocupadas e um gostinho adocicado na boca?
Para ajudar à festa, eu sou uma cebola com grandes sonhos.
Porque é justo que até as cebolas tenham pelo meio das tantas camadas um ou outro sonho esporádico para escapar à possível mediocridade de acabar no meio de uma salada de Snack bar, ou como enfeite de banca de mercado.
Quero marcar o palato do mundo.
Virar gourmet.
Reinventar o conceito de cebola.
E nem é pedir muito pois não? estes sonhos são quase sempre infrutíferos, porque eventualmente me apercebo "hei, sou uma cebola, não sou uma courgette".
E lá dou por mim picado de aflições, em refogado a ponderar sobre o que vai ser desta singela cebola num mundo em que se querem morangos e bananas, de fácil acesso e ingestão.

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Calendar May 12, 2012 07:04

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.com?

Okay, isto não é um post normal.
Aqui há coisa de um mês que ando com a ideia de comprar um domínio personalizado - qualquercoisa.com/pt/whatever - porque nem é um investimento muito elevado fazendo bem as contas.
Mas como nunca fiz nada do género, queria deixar a pergunta a alguma alminha que passe por aqui e tenha um domínio personalizado.
Como fizeram a escolha do serviço alojador?
Qual é o melhor? (menos erros/ melhor preço, etc)
E pronto, tenho a sensação que ninguém vai comentar isto, mas pelo menos perguntei.
Mais logo vem aí um post fresquinho.

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Calendar May 10, 2012 19:42

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As maravilhas da ambiguidade para uma mente devassa

Olá, eu sou o Ricardo, tenho 23 anos... e tenho um grave problema.
Eu sou um perversor compulsivo.
Levo tudo prá cueca.
Não resisto a trocadilhos com grelo e tomates, e estou sempre pronto a fazer corar a alminha mais próxima.
Agora vós, leitores e leitoras puros e recatados dizem "ai credo, que pouca bregonha" (enquanto vão ao dicionário consultar o que é um perversor) ponderam fechar a página.
Antes de chegarem a tal ponto, deixem que pergunte:
Quantas de vós, leitoras -foram só leitoras, por isso a distinção - que comentaram o post anterior, levaram a pergunta "para a cueca", para a "badalhoquice", para o "forrobodó"?, vá, levantai as mãos!
E vocêzes,pessoas que leram mas não comentaram?
Pensaram todos em tamanhos de telemóvel foi?



...pois...
Todos nós temos uma costelinhas devassa... porquinha, picante, vá.
Até mesmo aquela amiga púdica que fica muito traumatizada se ouvir falar em piadas porcas (que povavelmente tem um vibrador de 30 cms na gaveta das meias).
Não neguem.
Sou só eu a ver alguma coisa
de muito errado neste anúncio?
E a beleza dessa(s) costela(s) é que se baseia muito em interpretações e duplos sentidos, aquela bela frase de "cada um ouve aquilo que quer ouvir".
Vá, já todos tiveram de certeza uma mão cheia de momentos em que dizem coisas perfeitamente inocentes, que não parecem tão inocentes quanto isso depois de ouvidas.

Por exemplo, aqui há umas semanas tinha meia dúzia de bananas na mão no supermercado, e perguntei à chefe "e agora? onde é que eu meto isto?" muito indignado com os clientes que deixaram as bananas para trás.... e de repente começou toda a gente a rir, muito maliciosamente.
E eu fiquei um bocado a pensar "porquê?" até ter atingido o outro sentido da frase.


E a verdade é que os duplos sentidos estão por toda a parte, prontos a roubar um sorriso sacana a toda a gente, quando menos esperam, num simples "o tamanho conta" ou num "nunca usaste o dedo?" na sequência de uma longa conversa sobre mousse que como devem ter percebido descambou completamente.

E tenho a sensação que algumas pessoas estavam à espera de alguma experiência escaldante. se quiserem depois faço um post a falar de como comi amendoins picantes com sangria na semana passada. até vos saltam as cuecas.

Por isso deixo-vos a batata quente na mão:
Como vai a vossa costelinha devassa? É muito grande ou é só decorativa?
qual é que foi a última vez que vos saiu um "duplo sentido porco" a meio duma conversa?
Vá, admitam, sobre o que é que pensavam que era a pergunta do post anterior?

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Calendar May 10, 2012 09:15

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O tamanho...conta?

Respondam à queima roupa!
Mais logo percebem o porquê - isto um post em duas metades é muito fashion!

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Calendar May 9, 2012 19:15

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Superstições de um gajo quase céptico

Não sou particularmente supersticioso.
Aliás, acho que já referi isso aqui umas quantas vezes.
Não é bem não ser supersticioso.
É não encontrar sentido na maior parte das superstições com as quais me confronto. Já parti um espelho e não tive 7 anos de azar - pelo menos cronologicamente não os tive depois de partir o dito espelho - e nem me faz sentido a noção de que se me sentar na mesa de jantar de casa vá atrair miséria ao lar, ou que se me varrerem os pés não me caso (que drama uh?).
Mas como tenho toda aquela faceta de misticismo idiota um bocadinho colada algures no cérebro, a verdade é que por muito imbecil que ache a noção de superstições, acabo sempre por adoptar algumas que inconscientemente se infiltraram no meu comportamento, mesmo que não lhes veja sentido quase nenhum, just in case.
Não gosto do nº 13, em nada, nem em nomes de pastas, nem ficheiros nem nada, só porque sempre teve aquela conotação de azar e o escambau
Tenho sempre que entrar com o pé direito - Não sei porquê, nem qual é a teoria por trás de tudo isto, mas não há sítio onde eu não entre de pé direito. do género de quando estou quase a entrar com o pé esquerdo dar um saltinho e mudar de pé.
Bater na madeira - Quando penso em coisas terríveis bato na madeira, para não acontecerem.... eu tenho a perfeita noção que bater na mesa do computador não vai fazer com que eu não seja atropelado ou qualquer coisa do género, mas lá estou eu a bater três vezes com o punho, qual ritual de voodoo.
E gosto de procurar trevos de quatro folhas - Estou a falar a sério. não consigo ver um campo com trevos sem ir lá feito imbecil ver se encontro um com 4 folhas. Sei lá, pode ser que dê mesmo sorte.
E pronto, podia ficar aqui a noite toda, mas let's face it, não sou o único. Toda a gente tem uma superstiçãozinha imbecil e provavelmente inutil que executa automaticamente.

Digam-me:
Qual é a vossa?
São pessoas muito cépticas? ou estão como eu "yo no creo in brujas, pero que las hay, las hay"?

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Calendar May 7, 2012 15:25

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Ricardo o Fashionista pergunta

Ora hoje fui comer um gelado ao MC (Donalds) e mais do que ver gelados e hambúrgueres, vi pernas, pernas e mais pernas de miúdas entre os 15 e os 17 anos, para onde quer que olhasse.
Eram aos bandos as meninas e os seus calçõezinhos (reforcemos o "inhos") que fariam aqui a amiga Jessica Simpson em baixo sentir vergonha de andar com uns tão compridos.
E a dúvida formou-se :

De onde apareceu a moda dos calções a mostrar o fígado e o útero, e quando é que volta para de onde veio? Já não bastava todo aquele allure de mercado municipal da Bairrada das meninas que entendem as leggins não como collants sem pés - propósito original das ditas cujas - mas sim como calças realmente reveladoras, agora apanha-se com belos pares de pernas (e MUITO MAIS presuntos do que o aconselhável até numa feira de enchidos, o que torna toda a coisa mais desagradável do que poderia de facto ser) a pulular alegremente pela rua como se fosse perfeitamente natural parecer que saiu de cuecas e camisolão de casa.

Vá partilhem cómigo:
Que outras tendências vos dão um bocadinho de vergonha alheia?
E a ver se o blog mexe um bocadinho que tenho deixado isto às moscas tadico :(

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Calendar May 5, 2012 20:06

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Pergunta de fim de semana numero qualquer coisa que não me lembro.

Ando a seguir a nova série da Jennifer Love Hewitt, The Client list, e tenho-me rido imenso.
Ora bem, vamos lá esclarecer porquê.
Exibindo as suas... capacidades conversacionais

A série é sobre uma moçoila massagista desempregada, com dois fedelhos filhos lindos e amorosos, e um marido e um cunhado os dois retirados da capa de uma qualquer playgirl. seriously.
Como não podia deixar de ser em qualquer série em que a moça entre, há um grande drama, o marido um dia acordar põe-se na alheta, deixando-a sozinha a pagar a hipoteca da casa e a cuidar dos putos.
drama drama drama, lágrimas e ranho para encher uma barragem.
Ora,como seria um tédio completo a história ficar-se por aqui, a moça arranja um trabalho num SPA no dia antes do marido se ir embora... e o SPA especializa-se em... massagens eróticas, vá.
Ou seja ela vai fazer uma massagem a um senhor e apercebe-se que tem mais que massajar para além da zona lombar.
Claro, não chega a ser sexo... digamos que pronto, ela só faz o" serviço manual"entre outros fetiches que envolvem pintar unhas dos pés e assim.
E não, não é isto que me faz rir.
O que me faz rir é todo o romantismo maravilhoso que vem a seguir. de repente damos por nós a ver uma Jennifer Love Hewittt, conhecida pelos seus diversos atributos, dentre os quais destaco o decote como particular, numa micro camisa de dormir de seda, toda cheia de frufrus e pompons, a massajar eroticamente, a fazer a "voz de queca" a um cliente qualquer... e  de repente entramos numa dimensão alternativa em que começa fazer de terapeuta dele enquanto lhe esfrega o mangalho.
E depois de cada episódio de 40 minutos, ficamos com a sensação de que todos os homens que vão ás put*as só precisam de uma boa conversa, e pagam um dinheirão para elas os ouvirem falar das mulheres, namoradas, noivas e desgostos amorosos. depois disso ficam automaticamente todos pessoas melhores e a terapeuta badalhoca vai para casa com uma linda gorjeta.

E aqui sim, eu rio.
Não porque não acredite que os homens também queiram conversar - although I have a penis, and I admit sometimes he wants to do all the talking.- mas pela simples noção de que as conversas resolvem tudo - coisa em que acredito quase tanto como na conversa de "amar a beleza interior" de uma pessoa.

Por isso deixo a pergunta:
As pessoas falam demasiado de tudo como se fosse um programa virado para a psicologia matrimonial, ou é impressão minha?
Conversar é remédio para tudo?
Não será preciso também saber ter um bom silêncio?
Acham que a percentagem de pessoas que trai por "não conversar com o respectivo" é grande ou piquena??
Deviam atribuir certificados de habilitações como terapeutas sentimentais a todas as profissionais do sexo?

Que tema tão apropriado para o dia da mãe Huh?

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Calendar May 4, 2012 19:27

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Coisas deprimentes que já toda a gente fez (eu incluído)... #2

No facebook:
  • Aceitar um pedido de amizade sem ter a certeza de quem é na esperança de "reconhecer mais tarde" - coisa que praticamente nunca acontece.
  • Mandar uma indirecta a alguém num status, só porque sim, e rejubilar quando a pessoa em questão percebe - nem tentem dizer que não. I know you did it.
  • Taggar(marcar) fotos em que estamos bem e os amigos estão terrivelmente mal - Levante a mão quem nunca foi alvo disto. Tirando o facto de eu quando me dá na corneta meter fotos em que toda a gente - eu inclusive - está muito mal, de vez em quando lá apanho com uma bela surpresa no mural com uma legenda tipo "noite divertida" ou whatever, quando a legenda devia ser "eu e o macaco do Ricardo"
  • Ignorar os pedidos de jogo - É assim pessoas, provavelmente 10 leitores meus- se tanto - são meus amigos no facebook, e não sei se estão incluídos, se estiverem pronto lêm. Se eu não jogo a merda dos jogos do facebook, nem me vou dar ao trabalho de ir buscar "gemas mágicas" ou "castelos voadores"ou qualquer tipo de imbecilidade que alguém se lembre de espetar num jogo para as redes sociais. se nunca respondi aos pedidos, não sei, se calhar é boa ideia não mandarem mais, digo eu.
  • Partilhar coisas completamente irrelevantes e ficar à espera dos "likes" we all did it at least once.
  • Ver as fotos photoshopadas/alteradas de alguns amigos e pensar/comentar "na vida real não é nada assim"

E vocês?
Que coisas deprimentes Já fizeram no facebook?
Tell me everything!

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Calendar May 4, 2012 09:28

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Bem vindo Primaverno


Se há 50 anos o Outono/Inverno e a Primavera/Verão eram o prato do dia, hoje em dia nós, geração do aquecimento Global temos toda uma panóplia de estações do ano.
Se aqui há meia dúzia de anos, por esta altura do ano já tinha tirado do armário as bermudas e as tshirts, crédulo de que o tempo mo permitiria, hoje levo com o Primaverno - a nova estação que se esqueceram de inaugurar - na tromba e lá volto a usar os casacos de malha e as camisolas que já me pediam desesperadamente por uns meses de folga.
Pelos vistos quem tirou folga foi a falecida primavera, que deu de frosques e deixou o trabalho às mãos do seu parente bipolar, com alterações fantásticas de temperatura, chuvas intermitentes e um sol radioso acompanhado de vendavais dignos de um qualquer Janeiro passado. 
E se nuns dias o sol brilha intensamente,  e lá tiro a medo uma tshirt do armário, no dia seguinte dou por mim todo arrepelado a beber um chá a escaldar em pleno Maio.
Enquanto isso o resto do mundo parece não ter apreendido a primavera.
Na TV lá aparecem as pessoas com pouca roupa, as Lojas enchem-se de calções, bermudas camisas finas, tops curtos e sandálias a saudar a amiga primavera (que pelos vistos não sabem que este ano não vem), e as florinhas largam todas à mesma os pólens e poros que deixam no ar algo quase tão primaveril como o amor:
As alergias

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Calendar May 2, 2012 18:47

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Bai Bai Rotina

A rotina estava a começar a enjoar-me por andar sempre Às voltas.
Fui sair, levei as chaves e a carteira, deitei fora o aborrecimento e o blog ficou aqui a descansar.
Descobri que gosto mais do cheiro de tabaco do que devia, tendo em conta que não fumo.
Descobri que sou melhor pessoa do que tinha a sensação, e que perdoar não é para mim um exercício tanto como uma necessidade.
E é só.
Para não pensarem que morri e estou algures numa valeta.
É provavel que voltemos à "programação" normal nestes dias próximos.

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Calendar April 28, 2012 19:19

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Ricardo's Time Machine XV

Esta semana tenho andado com a inspiração a zeros, mas queria mesmo fazer uma time machine.
Como seria de esperar, tive pontaria e fui escolher 3 temas dos quais não consigo arranjar vídeos decentes, por isso tive que me virar para o rei dos tesourinhos deprimentes da década de 90.
Imaginem um circo.
Tirem lhe os palhaços.
Tirem-lhe os animais.
Tirem-lhe o algodão doce e os trapezistas.
Acrescentem um trintão híperactivo, 10 dançarinas semi nuas, e centenas de cantores pimbas, e temos o quê?

Oh yeah:

Big Show Sic

Se forem dizer “Ah e tal, eu não vi, pfff”.
Poupem o latim. Toda. A. Gente. Viu.*
É de salientar que o João Baião parecia ligado diretamente à corrente. Saltava, gritava, dançava, cantava, corria e fazia mil e uma coisas na hora e meia (ou mais) em que religiosa nos sentávamos a ver no sofá.
Chegava a correr suor em bica.
Not a pleasant sight.

Era um programa de variedades, sem grande substância – não querendo ofender ninguém – que conquistava por isso mesmo.
Começávamos com as coreografias de abertura, e depois os convidados entravam em catadupa. Não havia um critério específico, era mandar entrar. Como uma fila pro WC das mulheres num bar sábado à noite.
Geralmente era alguma coisa fantástica como uma Ruth Marlene, uma Ágata, ou os meninos abaixo:

E o playback reinava, juntamente com a laca, as purpurinas e o latex, coisas que agora podemos chamar vintage, mas na altura eram mais ou menos moda.
O povo gostava. 
O João encantava com toda aquela energia, quando entrava pelo palco aos saltos, e vinha “entrevistar” os convidados, dar duas beijocas, cantar uma música qualquer e chamar o próximo com aquele speed muito característico.
Entretanto vinha o intervalo, e lá era a Dona Ermelinda avisada.”Vá Dona Ermelinda, pode ir agora fazer o seu chichizinho, mas só no intervalo!” como se a SIC contratasse capangas para controlar o tempo de micção das espectadoras septuagenárias, que eram mais que muitas.

Pelo meio de tudo isto as dançarinas estavam lá, a dançar literalmente tudo e mais alguma coisa que tocasse, todas vestidas a combinar, cada programa com uma fatiota diferente, todas possivelmente compradas numa qualquer sex shop nas redondezas de Carnaxide.

Como bom programa dos 90, a dada altura a salganhada era tanta, que já tinha um bocado de tudo lá dentro. Ele eram concursos de cantores, acordeonistas, poetas, e outros que tais, para encher chouriços, dentre os quais o belo do momento da lágrima. 
Foram vários segmentos em que o Big Show Sic dava qualquer coisa às pessoas carenciadas, velhos, miúdos ou simplesmente pobretanas- no harm intended. E lá iam as camaras atrás, ver uma casa pobrezinha e fazer uma entrevista aos selecionados que ganhavam uma aparelhagem, uma TV ou uma máquina de lavar roupa enquanto choravam baba e ranho.

Para acabar a festa em Beleza, havia o mítico segmento do Macaco Adriano, que todos nós conhecemos bem. A dada altura, vinha aquele momento que toda a gente lembra com saudade, em que algum desgraçado num fato de gorila, corria de dentro de uma jaula para o meio do palco, saltava tocava a theme music do personagem, que interagia com os cantores – embora eu só me lembre de o ver a saltar pelo palco.
Ah, a TV dos 90 que não volta.

E depois desta exposição toda esperam que nós, jovens adultos vividos nos 90’s saiamos “normais”? really?

*A não ser que não vivam em Portugal.

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Calendar April 25, 2012 18:39

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Profissão: "Famoso"

Enquanto pequeno fazia-me confusão ver os famosos nas revistas - sabem quais são, e todos já devem ter desfolhado pelo menos uma -  e não perceber porque eram famosos.
Quer dizer, na minha mente prática o talento e a fama vinham por associação a qualquer tipo de talento ou aptidão extraordinária.
Bitch, I was wrong.
Não é preciso um átomo de talento em toda a estrutura corporal de uma vedeta. 
Embora apreciado, o talento é claramente overrated, no que toca ao universo de gente famosa.
Não é preciso ser-se esperto, nem bonito, e – por chocante que possa parecer – também não é preciso ser-se interessante.
Desfolha-se uma revista cor-de-rosa – que eu apelido de revista castanha, if you catch my drift – e lá estão eles.
Os “nossos” famosos, desfilando em passadeiras vermelhas já encardidas e sem brilho.
Inaugurações de relógios, biberons, lingerie ou bolachas digestivas, a assanharem-se às câmaras por mais uma foto nas revistas.
Lendo as legendas vemos a Petra Fiorina*, renomada socialite, o Ambrósio Magalhães*, RP de um qualquer lounge bar em cascais, entre dezenas de “empresários”, “relações públicas”, “modelos” e “cantores”( e mais outros tantos títulos fictícios) que vão e vêm como pulgas num canil.

(acho que esta música descreve tudo)

As starlets dos reality shows, nos seus vestidos da Zara, com a sua maquilhagem da Sephora ou d’O Boticário, de braço dado com os novos moranguitos, nos seus modelitos H&M (alguns com duas linhas nariz acima) ainda ofuscados pelos holofotes da fama de 15 minutos – ou duma temporada, em tempo morangal – a exibirem todos sorrisos tão genuínos quanto os bronzeados de solário.
E todas estas figuras estão subtilmente – tanto quanto possível – a digladiarem-se por uma capa, ou um destaque, dispostos a fazer tudo por mais 5 minutos de fama. Dispostos a pagar paparazzi por “fotos exclusivas” – eu acho isto uma outra classe, ainda sou do tempo em que os paparazzi andavam atrás das pessoas, e não o contrário – a vomitar as agruras do quinquagésimo namoro falhado, a mostrar como aplicaram as novas mamas no Dr. Ângelo Rebelo, e como fazem shiatsu para manter a forma depois dos quarenta (que já passaram há 10 anos) – provavelmente na sala do pós-operatório do bom Dr. –, e entrevistas íntimas logo ao lado da secção do horóscopo e feng shui.
Para quem lê aquilo talvez passe toda uma sensação de glamour, que vos vou confidenciar,  deve ser tão real quanto eu nasci ruivo.
Como se ser “famoso” seja só aquilo, de ir a festas e aparecer... well tecnicamente até é.
E semana após semana lá estão eles, em mais uma inauguração, na qual provavelmente pagam por tempo de antena, como boas celebridades de segunda que são, enquanto se fabrica a próxima fornada e os que perderam a piada desaparecem como fumaça.

Talvez por isto tudo que quando o Paulo Gonzo disse a um qualquer candidato dos ídolos que nunca “tinha tido tantas pessoas famosas à frente” que ele não era “famoso”, mas sim músico, me tenha dado vontade de lhe ir dar um abraço.
A sério.

*nomes fictícios, a título de exemplo, querem nomes verdadeiros, leiam as revistas da especialidade

E vocês?
O que acham do assunto?

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Calendar April 24, 2012 19:30

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A avó e o 25 de Abril

Eu nem ia fazer nenhum post relativo ao 25 de Abril. Não tenho aspirações políticas de qualquer género, e sinceramente não é tema que me suscite especial atenção... mas a minha avó fez umas quadras, e eu até lhes achei piada, vamos lá tornar a avó famosa.


Para onde vai o nosso pais
caminhando sem direcção?

Comandados pela troika
com o seu egoísmo e maldade
Que apenas trocaram o nome
de fascismo por austeridade.

As fábricas tudo a fechar
O Governo não tem mão
Vai tudo para o desemprego
vê-se um futuro tão negro
para a nova geração.

Meu saudosomês de Abril
Cada vez é mais lembrado
Que depois de tanta luta
vem estes filhos da puta
Fazer voltar tudo ao passado.

Jovens tenham atenção
Lutem com a mão segura
Não deixem a reacção
formar nova ditadura.

Edeme Carolina aka avó do Ricardo aka awesome granny

E acho que foi tudo dito,né?
Pronto, bom feriado a quem diz respeito, e mais tarde faço outro post, ou não, sei lá.

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Calendar April 23, 2012 18:27

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Identidade

O meu maior medo, é acordar um dia e não me reconhecer.
Transformar-me num recipiente vazio.
Todos os dias vejo mais "pessoas impessoais", insípidas... cópias mal conseguidas umas das outras.
Cópias que afirmam ter direitos de autor da maior das banalidades, e que correm ambiciosamente atrás de reconhecimento e adulação.
Não é crescer. Não é absorver experiências ou alargar horizontes. é fundir-se a eles. não conseguir distanciar o que vemos como comum e mundano do que somos enquanto pessoas.
Porque se formar uma identidade é complicado, um trabalho de crescimento continuo, para perdê-la é só seguir a corrente, que puxa sempre com tanta força.

E vocês?
Identidade própria: uma banalidade que todos têm ou um luxo que poucos conseguem
O que acham que leva uma pessoa a corromper a sua identidade?
Ai hoje estou muito pseudo filosófico. também tenho direito.

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Calendar April 21, 2012 19:20

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Um guia de más maneiras e óptimas desculpas

Quem é que à última da hora nunca teve que se escapulir de um convite indesejado?
Uma festa de anos de alguém de quem nem gostamos muito, uma proposta de vela, you name it.
Por muita afinidade que se tenha com uma pessoa, nem sempre se pode dizer "Não me apetece ir apanhar uma seca do caraças, desculpa lá qualquer coisinha", porque por muito que as pessoas digam que não se importam e que preferem ouvir a verdade logo de chofre, isso é geralmente treta, ninguém gosta de levar uma nega

Aqui entram as desculpas, a escapatória mais prática e utilizada por toda a gente.
Antes de desenvolver...
Como toda a gente sabe, é muito feio e muito pouco ético usar desculpas, yada yada yada. devíamos todos conversar e dizer uns aos outros "tu és um tédio" quando nos apetece, porque assim é que se tem um mundo melhor e... who cares?
toda a gente já usou desculpas. se vêm aqui dar uma de psicólogo de esquina está ali a cruzinha, podem  fechar, sim?

Ora , como gosto de ser útil, hoje lembrei me de fazer um countdown das 4 desculpas mais eficientes/utilizadas.
#4 - O teletransporte
exemplo:
"Iiiiih! não estou aí em baixo. estou no Alentejo"
It works. é só substituir "Alentejo" por qualquer outro sítio no globo.
Ninguém vai efectivamente verificar se estamos em casa... I hope.
Não é muito prática por termos que ficar efectivamente confinados ao conforto do lar... oh wait, that aint that bad.
#3 - Os visitantes fantasma
exemplo:
"Ah...desculpa F, não posso ir contigo e o teu namorado ao cinema, tenho aqui a minha avó..." 
Quem já disse uma do género levante a mão! e quem já disse isso quando a família não está efectivamente lá, levante as duas!
A família é daquelas desculpas com as quais nunca se discute, porque... bem, são família.
Não importa o pequeno pormenor de provavelmente a avó estar a 100 km de distância a fazer caldeirada de borrego.  Podemos sempre utilizar a velha máxima " a família está no coração" para apaziguar a consciência.

#2 - A vida académica/profissional
exemplo:
"tenho um exame, não dá :/ "
Acho que nunca cheguei a usar esta mas a verdade é que raramente falha.
Há sempre o risco de termos colegas em comum que deitem por terra o teste fictício ou a reunião de trabalho no dia seguinte. Fora esse handycap, nunca percebi porquê, mas toda a gente cai nesta num piscar de olhos.
# 1 - A doença fictícia
exemplo:
"estou de cama com uma gripe enorme, cof cof cof"
É de todas a menos provável a dar para o torto, I mean, quem é que vem ver se estamos mesmo doentes? pelo menos nunca ninguém me veio tirar a temperatura quando estava "com febre" porque não quis ir aos anos da irmã chata da L. e para as leitoras, há o bónus de dizerem "estou com o período" não há ninguém que queira sobreviver qe se arrisque a comprovar tal coisa. trust me.

Ora, claro, também há toda uma parafernália de desculpas esfarrapadas, aquelas que saem um bocadinho em cima do joelho, quando uma pessoa tem preguiça de usar uma das 4 magníficas acima, e acabamos por levar com coisas tão originais como deprimentes.
Desde "tenho uma unha encravada" a "o meu cão tem lombrigas", sentimo-nos especiais por despertar a veia literária do mentiroso amador que há em alguns de nós.

E vocês?
Para que situações usam desculpas?
Que desculpas usam quando se querem safar de alguma coisa?
Qual foi a desculpa esfarrapada mais engraçada que já receberam? e que já deram?
Vá, toca a comentar e a mostrar-me as vossas capacidades de inaptidão social, minhas alforrecas <3

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Calendar April 20, 2012 07:45

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A ex virgem contrataca

Quem segue o blog desde o princípio praticamente, já sabem que eu tenho uma linda relação de amor não correspondido pela Guida (Margarida Menezes), a ex virgem, ex presidenta do ex clube das virgens.
Ora, ela tornou-se famosa por terras lusas, porque com 27 anos (ahm... a mim parece-me 30 e tal) ainda não tinha feito o amor, por estar encalhada opção. para mais detalhes sórdidos, clicai aqui.
Mais tarde, Quando eu já a tomava por aquisição dum qualquer convento no meio do monte, Eis que Guidinha reaparece, linda e loira - literalmente - e já desvirginizada, contando a sua linda experiência sexual com o príncipe dos olhos verdes, ou azuis (juro, não fui eu, até me dão arrepios só de por a hipótese) que depois  de fazer o serviço lhe deu com os pés seguiu a vida dele, ficando os dois muito amigos. para lerem sobre como ela está disponível para amar (e como aumentou as mamas) podem ler o meu fofo artigo aqui.

Ora, a virgem que era notícia por ser virgem - não percebo porquê, com aquela fronha, para mim foi mais notícia quando deixou de ser virgem, mas pronto - eventualmente virou notícia por deixar de o ser.
Seria de esperar que se deixasse ficar por aqui, no anonimato a trabalhar num bar ou lá onde era, e deixasse de poluir terras Lusas com os seus lindos projectos... certo?
Naaah.
A Guidinha não se contenta e ficar no borralho, e de vez em quando aparecia com notícias relevantes para a sociedade mundial como aquela em que disse que gostava de ensinar umas coisinhas ao... João-qualquer-coisa-da-casa-dos-segredos-que-nunca-vi, porque ele era virgem e ela já não. (o que para mim foi interessante constatar foi como ela desceu de "príncipe alto dos olhos azuis" para "labrego com uma viola").
Pelos finais de 2011, li uma notícia dela, em que tinha um "novo projecto musical, muito alegre e divertido"
Eu tive medo.
Eu tinha razão para ter medo.
Aqui há coisa de 3/4 meses, ligo a TV e qual visão dos infernos, lá estava a Guidinha, loira e com uma tiara na cabeça - acho que apostou num look lunática fashion - a dizer ao Goucha, que desde piquena o seu maior sonho era ser "modelo, actriz cantora" porque "gostava muito do palco e de desfilar".
A Guidinha aparentemente arranjou um MAG - que era amigo dela e passo a citar "há muito tempo desde quando eu ainda era virgem, ah ah ah" - e vestiu-se de barbie - ou de boneca insuflável, not sure - , aparecendo para nos presentear com produções musicais - das quais ela faz a letra exclusivamente sozinha - ao mais alto nível, such as:
E devo dizer que até me caiu uma lágrima pelo olho direito abaixo, tamanha foi a emoção. Quando tiver filhos vou torturá-los com esta música quando não quiserem ir dormir, parentalidade no seu exponencial máximo.
Pensei que se ficasse por aqui, I mean, obviamente esta carreira musicar seria um flop desde o momento em que abriu a boca cheia de autotune em tempo de antena público.

Mas não. a virgem que já não é virgem, mas continua maluca, surpreendeu-me novamente, e começo a ponderar se não será aparentada das baratas que sobrevivem a tudo e mais alguma coisa, e iniciou a vida de cronista.
Hoje enquanto lia uma notícia no correio da manhã, aparece-me uma hiperligação com o seguinte título "
Ex-virgem narra medos ligados à sexualidade". 
Well Done Guidinha, toda a gente sabe que ser cronista é o último recurso que as celebridades em queda apanham por cá.
O que me intriga nisto tudo, é porque carga D'água é que a lontra da "virgem que não é virgem" ainda é assunto?
Mais ninguém foi virgem em Portugal sem ser ela? 
É que ser virgem não é o mesmo que ser atleta profissional, ou apresentador de TV. Ou se é, ou não se é. Não existe ex virgem. se formos por ai, eu sou ex virgem. dêem-me tempo de antena para eu vos dizer como quando tinha 12 anos pensava que ter um orgasmo incluía passar por alucinações psicadélicas ao som da Macarena, e a seguir faço uma canção sobre como passar o fio dental.
Querem saber os medos dos virgens?
Elas têm medo que doa e não seja romântico, eles têm medo que seja muito rápido, de se irem abaixo e de que a respectiva não sinta nada. 
Pronto Guidinha, podes voltar pro buraco de onde saíste há 4 anos atrás, até te lembrares de ir ao médico restaurar a perdida virgindade, reabrir o falecido clube das virgens - com as suas 33 membras - e esperar pelo novo príncipe de olho azul. 
Depois avisa se algum imbecil cai no mesmo erro duas vezes sim?

E vocês?
Que celebridades conhecem que não percebam porque são famosas?
Gostam da Guidinha?
Enviem-lhe a vossa mensagem de apoio <3

PS: Não sei se esta semana há time machine, esqueci me que ontem era quinta e não fiz nada. 

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Calendar April 18, 2012 18:59

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Quero uma vida de cão

"Ai vida de cão!" diz um Zé Ninguém, exasperado com o preço da gasolina ou com mais uma mão cheia de rugas e cabelos brancos.
E di-lo vezes em vezes sem conta, como se fosse atribuir mais validade ao raciocínio, mas sinceramente, não percebo a analogia.
Eu quero uma vida de cão.
Não que queira necessariamente ter quatro patas, orelhas caídas e focinho molhado. Não que não goste de ver a cores e ter boa visão nocturna, mas acho que no final de contas, uma vida de cão é mais simples.
Os cães não mentem. Não têm que o fazer para agradar ninguém - porque não há círculos sociais no universo canino, não te vão julgar por seres um rafeiro, mais do que por teres imenso pedigree -, nem para subir na carreira porque os cães não trabalham - na sua maioria.
Os cães não têm crise da meia idade.nem se importam com as posses financeiras de ninguém. Não há tanto risco de trocarem a companheira por uma cadela mais nova, porque o pelo ficou grisalho
Ninguém quer saber se o vosso cão gosta de cães, cadelas, ou se organiza orgias no quintal com gatos e galinhas e as únicas dúvidas morais com que o amigo de quatro patas se debate envolvem "devia ter roído ou não aquilo"   e "acho que o tapete foi uma má escolha para despejar o intestino"
Os cães não se preocupam com dietas ou com IMC. hell, they eat everything.

Os cães não falam mal uns dos outros pelas costas. os cães não falam, ponto.


E mesmo assim, o Zé ninguém continua, cospe as palavras como se de alguma maneira os pobres canídeos fossem responsáveis por alguma coisa terrível, um complô contra a humanidade que se esqueceram de publicar nos noticiários.
Como se fossem os cães a causar a crise no sector automóvel, ou pela criação de cartéis de droga.
Como se os cães e cadelas andassem a raptar pessoas para transplante de órgãos, ou para fazer empadas e vender.
Como se os desgraçados dos canídeos gerissem mal a economia mundial e levassem à falência famílias inteiras.
Porque seria impossível que nós, raça infinitamente superior, complexa e completa nos metessemos em tal engavelo de desigualdades, hipocrisias e duplos sentidos...
Verdade seja dita, quanto mais olho em volta, e mais vejo como nos tratamos todos abaixo de cão mais quero uma vida de cão...
Ai triste vida de Homem...

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